quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Trabalho 2º Colegial A: Tiradentes



Joaquim José da Silva Xavier

Você Sabe quem foi Joaquim José da Silva Xavier?
Não?
Ele é ninguém menos que Tiradentes, mártir da Independência e da República, o homem que foi cruelmente esquartejado, por defender seus ideais. Mas vamos ao princípio da história para que você possa entender melhor, o que fez ele, para merecer tal acontecido.
Voltemos ao ciclo do ouro, onde Brasil era incessantemente explorado por Portugal...
Vale lembrar que Portugal neste período exigia um quinto do ouro extraído do Brasil, ou seja, vinte por cento do ouro que era do Brasil extraído pertencia aos cofres portugueses. Mas, ao passar dos anos, o ouro começa a diminuir das minas, mesmo assim as autoridades portuguesas não diminuíam as cobranças. Com o ouro agora escasso, a coroa portuguesa decreta a Derrama, cada região de exploração deveria pagar 100 arrobas de ouro (1500 quilos) por ano para a metrópole, que se utilizou até mesmo do confisco dos bens dos devedores. Todas estas atitudes foram provocando uma insatisfação muito grande no povo e, principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas que queriam pagar menos impostos e ter mais participação na vida política do país. Alguns membros da elite brasileira (intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas), influenciados pelas ideias de liberdade que vinham do iluminismo europeu, começaram a se reunir para buscar uma solução definitiva para o problema: a conquista da Independência do Brasil. 
Aí é que entra nosso herói...
O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes (devido à profissão de dentista que havia exercido) era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país. Estes inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia).
Os inconfidentes haviam marcado o dia do movimento para uma data em que a derrama seria executada. Desta forma, poderiam contar com o apoio de parte da população que estaria revoltada. Porém, um dos inconfidentes, Joaquim Silvério dos Reis, delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em troca do perdão de suas dívidas com a coroa. Todos os inconfidentes foram presos, enviados para a capital (Rio de Janeiro) e acusados pelo crime de infidelidade[1] ao rei. Alguns inconfidentes ganharam como punição o degredo para a África e outros uma pena de prisão. Por ser pobre e ter participado de um movimento da elite (que foi a única que sofreu com a derrama) sobre Tiradentes, recaiu a responsabilidade total pelo movimento, sendo o único conspirador condenado à morte. Enforcado em 21 de abril de 1792, teve seu corpo esquartejado. Seus membros foram espalhados pelo caminho que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua cabeça foi exposta em Vila Rica.
Com a morte de Tiradentes, o Estado português queria demonstrar uma punição exemplar para desencorajar qualquer revolta contra o regime colonial. Tiradentes tornou-se mártir da Independência e da República.
Embora fracassada, podemos considerar a Inconfidência Mineira como um exemplo valoroso da luta dos brasileiros pela independência, pela liberdade e contra um governo que tratava sua 
colônia com violência, autoritarismo, ganância e falta de respeito.


Patrik Ferreira
Cleidiane Caldeira
Stiven James
Gustavo Dias
Erika



[1] Daí o nome Inconfidência Mineira;

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Trabalho 2º Colegia A: Brasil e EUA, Somos tão diferentes?





BRASIL E ESTADOS UNIDOS
FORMAS DE GOVERNO (1808-1889)
Em ciência política, chama-se forma de governo (ou sistema político) o conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade. Tais instituições têm por objetivo regular a disputa pelo poder político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que o detêm (a autoridade) com os demais membros da sociedade (os administrados). Há de se considerar que cada sociedade é única em muitos aspectos e funciona segundo estruturas de poder e sociais específicas. Assim, alguns estudiosos afirmam que existem tantas formas de governo quanto há sociedades.
Em 1808, houve o Bloqueio Continental que foi imposto pela Inglaterra onde determinou-se que a família real lusitana viria a sua colônia defender-se das ameaças napoleônicas. A instalação do governo de D. João VI no Brasil provocou a transferência da capital do Império de Lisboa para o Rio de Janeiro e o fim da condição colonial, fato reconhecido de direito, em 1815, quando o Brasil foi elevado a Reino Unido a Portugal e Algarves, o Brasil deixava de ser Colônia de Portugal.
Na altura de 1808, nos Estados Unidos da América, o país com o primeiro regime Republicano do mundo moderno, o atual presidente era Thomas Jefferson e sua capital já era Washington, Distrito de Columbia. Desde 1787, após a aprovação da Constituição dos Estados Unidos, que foi a sua primeira e, até hoje, única Constituição, essa se tornou a lei fundamental do país e estabeleceu a forma federal do Estado, os órgãos de poder, as suas competências e forma de funcionamento.
A Constituição de 1787 exprime um meio-termo entre a tendência estadista defendida por Thomas Jefferson, que queria grande autonomia política para os Estados membros da federação, e a tendência federalista que lutava por um poder central forte. O Presidente dos Estados Unidos é eleito pelo período de quatro anos pelos cidadãos eleitores num sistema em que os candidatos não ganham diretamente pelo número absoluto de votos no país, mas dependem da apuração em cada Estado, que manda para uma espécie de segunda eleição votos em número proporcional a sua população para o vencedor em seu território. Duas casas compõem o Congresso: a Câmara dos Representantes, com delegados de cada Estado na proporção de suas populações; e o Senado, com dois representantes por Estado. O Congresso vota leis e orçamentos. O Senado vela pela política exterior principalmente. Um Tribunal Supremo composto por juízes indicados pelo Presidente e aprovados pelo Senado resolve os conflitos entre Estados e entre estes e a União, garantindo a supremacia da Constituição Federal em relação às Constituições estaduais e as leis do país. A Constituição dos Estados Unidos prevê um sistema de alterações, por intermédio de Emendas, tendo ao longo dos anos sido aprovadas um total de 27. As 10 primeiras são designadas por Bill of Rights por conterem os direitos básicos do cidadão face ao poder do Estado. Como disse o juiz Warren Burger, que por mais tempo presidiu a Suprema Corte americana:- "A Constituição representou não uma concessão de poder dos governantes aos governados - como o Rei João sem Terra concedeu a Magna Carta em Runnymede em 1225 - mas uma delegação de poder feita pelo povo ao governo que criou.".
Em 1800 Thomas Jefferson havia sido eleito Presidente dos Estados Unidos, tendo sido reeleito em 1804. A ideologia político-social de Jefferson era um fraco governo centralizado, e politicamente democrático e balanceado, bem como ampla liberdade aos habitantes do país. Este ideal ficou conhecido como democracia jeffersoniana.
Já em 1824, no Brasil, finalizou-se o texto da Constituição. A constituição imperial determinava um modelo centralizador, com o Imperador nomeando os presidentes de províncias e estas usufruindo de escassa autonomia. Previam-se quatro poderes: o Legislativo, com senado vitalício e o deputado durava quatro anos; o Executivo, representado pelo conselho de ministros presidido pelo Imperador; o Judiciário, composto por ministros nomeados e demitidos diretamente pelo Imperador e o Moderador, este exclusivo do imperador. D. Pedro tinha o direito de intervir em todos os demais poderes. Determinava-se ainda que a religião católica fosse a oficial e que a representação política teria caráter censitário, podendo votar eleitores com determinada renda.
Em 07 de abril 1831, o imperador abandonava o trono brasileiro, deixando-o para o seu filho. Depois da abdicação, o poder político no Brasil ficou dividido em três grupos diferentes, que dominaram a vida pública brasileira até 1834 que foram: Grupo dos Restauradores, Grupo dos Moderados e Grupo dos Liberais Exaltados. Foi uma época de instabilidade política, com diversas revoluções provinciais.
Nos Estados Unidos, ao longo das primeiras décadas do século XIX, a migração em massa e intensa industrialização fizeram com que o poderio do Norte crescesse economicamente e ampliasse politicamente sua participação no governo. Grandes tensões políticas e sociais desenvolveram-se entre o Norte e o Sul. Então, no ano de 1861, ocorreu a Guerra de Secessão ou Guerra Civil Americana. Em 1861, ano do início da guerra, o país consistia em 19 estados livres, onde a escravidão era proibida, e 15 estados onde a escravidão era permitida. Em 04 de Março, antes que Lincoln assumisse o posto de presidente, 11 Estados escravagistas declararam secessão da União, e criaram um novo país, os Estados Confederados da América. A guerra começou quando forças confederadas atacaram o Fort Sumter, um posto militar americano na Carolina do Sul, em 12 de Abril de 1861, e terminaria somente em 28 de Junho de 1865, com a rendição das últimas tropas remanescentes da Confederação. O Sul, após o final da guerra, foi ocupado por forças americanas. A economia da região então estava completamente destruída. O período que se estende do final da guerra até 1877, quando as últimas forças americanas desocuparam o Sul, é conhecido como Reconstrução.
Em 15 de novembro de 1889 ocorreu a Proclamação da República Brasileira, que foi um levante político-militar e que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e, por conseguinte, pondo fim à soberania do imperador dom Pedro II. Foi, então, proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil. Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um governo provisório republicano. Faziam parte, desse governo, organizado na noite de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.
Nos Estados Unidos, mesmo com o advento da Guerra Civil Americana (1861-1865) que causou a morte de cerca de 970 mil norte-americanos, dentre outros acontecimentos, a Constituição dos Estados Unidos da América, que foi estabelecida em 1789, conseguiu conservar-se vigente no país.

RELIGIÃO NO BRASIL E ESTADOS UNIDOS (1808-1889)
Religião é um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo. As religiões tendem a derivar à moralidade, a ética e as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana.
O protestantismo chegou ao Brasil por intermédio das invasões francesa (1555-1567) e holandesa (1630-1654), que representaram duas tentativas de se criar colônias protestantes por aqui. No entanto, ambos os invasores foram expulsos por Portugal (então metrópole da colônia brasileira e um país essencialmente católico).
É a partir de 1808 que o protestantismo começa a criar suas primeiras raízes no Brasil. A vinda da Corte portuguesa (1808) e as pressões exercidas pela Inglaterra, forçando a assinatura de alguns tratados comerciais com Portugal, mudaram não só a estrutura política, econômica e social do Brasil, mas também o seu quadro religioso. Por causa da sua posição hegemônica, a Inglaterra conseguiu vantagens não apenas econômicas, mas garantiu aos ingleses residentes no Brasil a liberdade de terem suas próprias casas de adoração religiosa, mesmo sendo o catolicismo a religião oficial. Tentativas protestantes de instalar-se antes do século XIX no Brasil aprofundaram a intolerância religiosa já trazida da península ibérica. A entrada de protestantes no Brasil após as invasões holandesas no Nordeste (1624/1630-1650) foi fortemente proibida e fiscalizada, sob alegação de “[...] alerta contra os hereges, isto é, calvinistas franceses, reformados holandeses, anglicanos, protestantes alemães, etc.
            A inserção e o estabelecimento do protestantismo no século XIX forjaram uma nova identidade religiosa no Brasil. No embate com o catolicismo-romano, o protestantismo e inversamente o catolicismo-romano construíram suas identidades na différance, cada qual delimitando fronteiras simbólicas através discursos em oposição ao outro. Desta forma, as raízes da identidade do protestantismo brasileiro e do catolicismo estão fortemente marcadas a partir da différance, ou seja, do contraste: ser protestante significava simultaneamente não só ser protestante, mas também ser anticatólico; inversamente, ser católico era também ser antiprotestante.
Juridicamente, somente a Constituição Imperial de 1824, após longos debates pelos constituintes, começaria a alterar o rosto religioso brasileiro. O artigo da Constituição rezava: “A religião católica apostólica romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo.”.
A condição jurídica inferior dos protestantes perdurou até a Proclamação da República (1889) quando ocorreu a separação de Igreja e Estado. Contudo, pelo menos já a partir das décadas de 1850/1860 os protestantes foram infringindo o artigo da Constituição Imperial, colocando pequenos ornamentos externos em seus templos. A construção de templos e ornamentos externos representava um clamor pelo reconhecimento pela cidadania religiosa que lhes era negada. Simultaneamente, a construção, era forma de expressar publicamente de sua fé e testemunhar dela para as gerações vindouras.
A Estigmatização do Protestante: A identidade do assim denominado “protestantismo de imigração”, bem como a identidade católico-romana, foi construída na diferenciação e interdependência com o “outro”. Assim, pode-se observar que tanto a identidade protestante quanto a católico romana foram se caracterizando pelo “anti”, ou seja, pela negação mútua. Velasques Filho caracterizou assim esta relação: “O anticatolicismo passa a ser uma das grandes características da pregação missionária protestante no Brasil. Não tardou a reação oficial da Igreja Católica Romana através de panfletos e artigos em jornais e livros.”.
O medo do catolicismo romano pela contaminação protestante fica bastante evidenciado já quando da abertura do Brasil aos protestantes. Naquele momento, percebendo ameaça à exclusividade católica e evidenciando medo de “contaminação”, o núncio apostólico no Brasil, Lourenço Calepi procurou convencer Dom João VI para que revogasse o Tratado de abertura dos portos às nações amigas (1808) e restabelecesse a Inquisição para que a “heresia protestante” (impureza) não se propagasse em solo brasileiro.

ECONOMIA NO BRASIL E NOS ESTADOS UNIDOS (1808-1889)
Brasil – Independência do Brasil e suas consequências na economia
Dos anos de 1760 até meados do século dezenove, a economia brasileira ficou estagnada. Os preços e as quantidades das exportações caíram. Em especial, a quantidade exportada de ouro foi muito pequena e os preços do algodão e do açúcar permaneceram baixos.
A partir do início do século dezenove, as exportações de café, até então um produto sem expressão, cresceram. Sua produção aumentou, apesar da baixa lucratividade. Nessa época aconteceram importantes mudanças políticas, como a abertura dos portos em 1808 e os tratados firmados em 1810 entre Portugal e Inglaterra.
Por estes tratados, a Inglaterra teria o privilégio de comercializar com o Brasil com tarifas preferenciais reduzidas. A administração da colônia encarou isso como um limite à sua autonomia, que já se encontrava em curso. Como consequência, o Brasil separou-se abruptamente de Portugal em 1822 e passou a negociar diretamente com a Inglaterra.
O Brasil, ao tornar-se independente em 1822, sob a direção de D. Pedro I, possuía uma economia voltada para a exportação de matérias-primas. O mercado interno era pequeno, devido à falta de créditos e a quase completa subsistência das cidades, vilas e fazendas do país que se dedicavam à produção de alimentos e a criação de animais. Durante a primeira metade do século XIX, o Estado imperial investiu pesadamente na melhoria das estradas terrestres e detinha por sua vez, um memorável sistema de portos que possibilitava uma melhor troca comercial e comunicação entre as regiões do país.
A economia do Brasil era extremamente diversificada no período pós-Independência, mas foi necessário um grande esforço por parte do governo monárquico para realizar a transmutação de sistema econômico puramente escravocrata e colonial para uma economia moderna e capitalista. Contudo, a monarquia fora capaz de manter até o fim de sua existência o extremamente notável crescimento econômico iniciado com a vinda do então príncipe-regente dom João, que governou de 1808 a 1822, ao Brasil. Isto foi possível, em parte, graças ao liberalismo adotado pelo regime monárquico, que favorecia a iniciativa privada.
Estados Unidos – Divergências entre as economias do Norte e do Sul
A origem da divisão dos Estados Unidos da América em "Norte" e "Sul" data dos tempos coloniais, quando a área que atualmente constitui os Estados Unidos ainda era colónia de três países - Espanha, França e Reino Unido. Primariamente, tais diferenças começaram devido a diferenças geográficas na região das Treze Colônias britânicas.
No sul, os primeiros ocupantes da região encontraram um clima quente e um solo fértil, ideal para o cultivo de tabaco. Grandes plantações de tabaco foram cultivadas, e mão-de-obra escrava foi trazida em grande quantidade do continente africano. Posteriormente, algodão e cana-de-açúcar passaram a ser cultivados também nestes Estados. Rapidamente, a agricultura sob o sistema de Plantation e um estilo de vida primariamente rural passou a dominar os estados do Sul.
Enquanto isto, o clima frio e o solo rochoso dos Estados do Norte mostraram-se pouco adequados à prática da agricultura. Isto forçou os colonos desta região a procurarem outras fontes de renda como o comércio e a manufatura, favorecendo assim a criação de grandes cidades comerciais como Boston, Filadélfia e Nova Iorque - e, apesar de, no ano do início da Revolução Americana de 1776, a maioria da população do Norte ainda vivia em áreas rurais, a economia destes Estados já era baseada primariamente no comércio e na manufatura.
Após a independência dos Estados Unidos, e até a década de 1850, as diferenças entre o Norte (cada vez mais industrializado) e o Sul agropecuário aumentavam gradativamente. Na década de 1850, os Estados Unidos já haviam se expandido até seus atuais limites territoriais na América do Norte (posteriormente, adquiriria o Alasca da Rússia, Havaí e outros territórios ultramarítimos). Então, os Estados Unidos já estavam em uma fase de rápida industrialização. Porém, o rápido crescimento econômico do país esteve concentrado primariamente nos Estados do Norte. Este crescimento causou o rápido crescimento populacional das cidades da região, gerando grandes avanços na área de transportes e comunicações. Apesar do Sul também ter passado por este processo, o progresso ocorreu muito mais lentamente do que no Norte.
Estas diferentes orientações acabaram potencializando um confronto que primeiro se manifestou nas políticas fiscais, agrárias e trabalhistas da nação. O interesse nortista era diretamente oposto ao que os representantes políticos do Sul enxergavam ser necessário para o desenvolvimento de sua economia.
Com relação às taxações alfandegárias, o norte defendia a manutenção de taxas elevadas que pudessem conservar o desenvolvimento industrial interno. Em contrapartida, os sulistas desejavam que essas tarifas fossem reduzidas para que os produtos importados penetrassem sua economia com mais facilidade. Tal interesse se dava principalmente porque a região sul dos Estados Unidos não possuía um parque industrial desenvolvido.
Além disso, outra diferença se dava com relação às políticas de acesso às terras localizadas a oeste. Os grandes burgueses nortistas defendiam que as terras devolutas (que não possuíam dono) fossem oferecidas a um baixo custo. A medida seria imposta com o objetivo de desenvolver uma economia diversa e articulada com a criação de novos mercados consumidores. Em contrapartida, os fazendeiros sulistas eram a favor de uma política agrária mais rígida e concentradora de terras.
Contudo, a mais polêmica questão se desenrolava com relação ao fim da escravidão nos Estados Unidos. Os industriários apoiavam a proposta ao enxergarem nessa ação o surgimento de uma ampla camada de trabalhadores assalariados que poderiam ampliar o mercado consumidor dos produtos manufaturados. Em contrapartida, os fazendeiros do sul acreditavam que essa mudança prejudicava o desenvolvimento de suas lavouras, que dependiam exclusivamente do trabalho escravo.
A rivalidade entre os interesses díspares de nortistas e sulistas culminou, mais tarde, na Guerra Civil Americana.

Brasil – O Ciclo do Café
“O Ciclo do Café”: Período da história econômica do Brasil, compreendido entre 1830 e 1930, marcado pelo desenvolvimento da cultura do café, produto dominante no comércio exterior do país e motivador da expansão da fronteira agrícola da época.
Introduzido no Brasil por volta de 1727, o cultivo do café atingiu um peso significativo no conjunto da economia nacional em meados do século XIX; quando se tornou o principal produto de exportação. Contribuíram pra isso o declínio da economia açucareira do nordeste e do tabaco, a ruína da cultura do algodão e a decadência da mineração, que liberaram grandes contingentes de mão-de-obra escrava e recursos financeiros para serem empregados em atividades mais lucrativas, desenvolve-se a economia cafeeira. Ao mesmo tempo, ocorria um aumento da demanda de café na Europa e nos Estados Unidos, e a ruína da agricultura cafeeira de Java (devido a uma praga) e no Haiti (por levantes de escravos), fatos que contribuíram para transformar o Brasil no maior fornecedor do mercado mundial (desde 1840).
   Como as primeiras décadas após a Independência foram bastante inexpressivas em termos de desempenho econômico, coube ao café à dinamização das exportações a partir de 1830/40 e durante muitas décadas. Sendo a continuação do espírito mercantilista que havia dominado a vida econômica brasileira durante mais de três séculos, o café foi um sucesso, embora provocando distorções.
   Até 1870, o principal centro comercial e exportador do produto foi o Rio de Janeiro, pois a principal área produtora era o Vale do Paraíba. Com o esgotamento das possibilidades agrícolas da região, a expansão da cultura do café deslocou-se para o Oeste paulista (região de Campinas); atingindo em seguida o Oeste Novo, rumo a Ribeirão Preto e Araraquara. Então Santos tornou-se o principal centro exportador do produto e expandiram-se as ferrovias.
   O desenvolvimento da economia cafeeira em São Paulo teve profundas consequências para o conjunto da sociedade brasileira. A necessidade de mão-de-obra provocou o incremento a migração de europeus (paralelamente a desagregação do trabalho escravo) e as riquezas acumuladas na comercialização do café proporcionaram a ampliação sem procedentes das atividades industriais, comerciais e financeiras. No plano político, implantou-se a hegemonia de São Paulo, cujo papel foi decisivo na proclamação da República.
Nota: Ao iniciar-se o século XX o Brasil detinha ¾ da produção mundial de café e acumulava grandes estoques, configurando-se uma crise de superprodução. Para enfrentá-las, os principais Estados produtores (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas gerais) reuniram-se em 1906 na Convenção de Taubaté e estabeleceram um plano de valorização do produto (compra de toda a produção, proibição do novos plantios, retenção dos estoques enquanto os preço, não atingissem níveis adequados. Uma nova política de valorização, em nível federal, foi implantada cai 1933 cora a criação do Departamento do Café (queima de estoques, erradicação de velhos cafezais). Com o abandono dessa política no Governo Dutra (1946/1951), sobreveio nova crise e em 1952 o governo Vargas restabeleceu o controle criando o Instituto Brasileiro do Café (IBC), extinto no Governo Collor. A partir de então, a participação do café no conjunto das exportações diminuiu sensivelmente, e em meados da década de 70 os produtos já suplantavam aquele produto com termos de produção de divisas. No inicio da década de 80, o café participava com cerca de 10% do valor total das exportações brasileira.
Estados Unidos – A “Guerra Civil Americana” e a “Reconstrução”
A eleição de Lincoln, em 1860, determinou o início da guerra, com a secessão do Estado da Carolina do Sul. À primeira vista, parece que o problema da escravidão teria sido o mais importante para explicar o conflito, mas na realidade a questão das tarifas é muito mais significativa. Com efeito, a aprovação de tarifas protecionistas interessava à burguesia industrial do Norte, mas prejudicaria tremendamente os latifundiários sulistas, que teriam de pagar mais pelos produtos industrializados e poderiam receber represálias dos ingleses, que lhes compravam matérias-primas.
O norte vence, e a escravidão é abolida, mas as punições impostas aos perdedores após o assassinato de Lincoln, em 1865, criam ressentimentos e fortalecem a discriminação racial. A guerra civil drenou os recursos financeiros do Norte e arruinou completamente a economia do Sul. O custo total da guerra foi de 115 bilhões de dólares. No sul, inúmeras fábricas, estabelecimentos comerciais e residências foram destruídos e campos foram queimados pelos soldados do Norte.
Nenhum programa governamental foi previsto para a integração profissional e econômica do Sul aos Estados Unidos da América. Este perdeu toda sua influência política, econômica e cultural nos Estados Unidos. Os ideais tradicionais do Sul passaram a não ter nenhuma influência no governo federal. Enquanto o conflito assolava os Estados americanos, a exportação de algodão pelos Estados do Sul ao Reino Unido ficou altamente prejudicada - o setor têxtil inglês a importar algodão de duas de suas colônias - o Egito e a Índia, e também incentivando outros países produtores de algodão - inclusive, o setor algodoeiro no Brasil. Foi o "surto nas exportações brasileiras de algodão".
A guerra civil norte-americana assumiu características de uma verdadeira revolução social, por ter determinada a extinção do trabalho escravo e impôs o regime de trabalho assalariado. Além disso, tirou do poder o que restava da aristocracia agrária do Sul e abriu caminho para o pleno desenvolvimento das atividades industriais e urbanas.
Ao eliminar alguns dos obstáculos para a expansão das atividades econômicas, a Guerra de Secessão tornou-se ponto de partida para um desenvolvimento sem precedentes da economia norte-americana. Mesmo durante o conflito, a industrialização foi estimulada pela demanda de material bélico e de meios de transporte rápido para as tropas. Em 1861, o governo decretou medidas de proteção alfandegária que deram impulso decisivo ao crescimento industrial. Em seguida, um decreto-lei de 1862 — a lei Homestead — promoveu a ocupação e a colonização das terras do Oeste, garantindo um lote mínimo de terra a cada colono.
Essas medidas ampliaram a produção industrial e agrícola, além de estimular o mercado de consumo com o enriquecimento dos pequenos proprietários rurais. Ainda em 1862, o governo decidiu financiar a construção de uma ferrovia transcontinental, atravessando o território do país de leste a oeste.
Depois da guerra civil, houve também grande afluxo de imigrantes europeus, destinados principalmente ao trabalho fabril. A oferta de mão-de-obra crescia, pressionando os salários para baixo, numa época em que ainda não existia legislação trabalhista.
Essas condições criaram a base para o desenvolvimento da economia norte-americana. Em poucas décadas, a indústria do país apresentaria o maior índice de crescimento mundial, produzindo principalmente aço, fundamental para a expansão da malha ferroviária e da indústria de base.
Ao romper o século XX, o empresário norte-americano Henry Ford revolucionou a indústria automobilística com a implantação da produção em série de automóveis. Com isso, os preços tornaram-se acessíveis a amplas faixas do mercado. Ford ainda elevou os salários dos empregados de sua empresa, a Ford Motor Company, fundada em 1903, alegando que os operários deveriam ganhar o suficiente para comprar os produtos que fabricavam. Sua política estimulou a expansão vertiginosa da indústria automobilística nos Estados Unidos.
A produção em massa de automóveis, por sua vez, permitiu o desenvolvimento de outros setores da economia, como a indústria siderúrgica; a extração e o refino de petróleo, do qual os Estados Unidos têm enormes reservas; a indústria de autopeças; a produção de pneus etc. Esse "efeito cascata" desencadeado pela indústria automobilística repercutiu também em outros ramos da produção, na expansão da oferta de empregos e na ampliação do mercado.
Não demorou muito para que os Estados Unidos assumissem a liderança entre os países do continente, ocupando o lugar dos países europeus. A hegemonia recém-conquistada pelos norte-americanos seria sintetizada pelo presidente Theodore Roosevelt (1901-1909) na política do grande porrete (ou big stick, em inglês). Por essa política, os Estados Unidos se propunham intervir — mesmo militarmente —, sempre que julgassem necessário, nos assuntos internos dos países latino-americanos. Consagrava-se, assim, uma tendência em crescente expansão, não só nos Estados Unidos, mas também entre as grandes potências industriais, como a Inglaterra. Essa tendência seria chamada mais tarde de imperialismo.



HISTÓRIA COLONIAL
Brasil Colônia
Brasil Colônia ou Brasil colonial foi o período colonial brasileiro da forma definida pela historiografia, em que o território brasileiro era em uma colônia do império ultramarino português. Foi marcado pelo início do povoamento (fim do período pré-colonial brasileiro, em 1530) e não do descobrimento do Brasil pelos portugueses, se estendendo até a sua elevação a reino unido com Portugal, em 1815.
De observar que o termo "Brasil Colônia" é anacrônico, uma vez que os títulos oficiais do Brasil durante aquele período foram os de "estado" e mais tarde "reino", nunca sendo referido oficialmente como "colônia".
A economia do período foi caracterizada pelo tripé monocultura, latifúndio e mão de obra escrava, e apesar das grandes diferenças regionais, manteve-se, no período colonial, a unidade linguística e formou-se o povo brasileiro, junção e miscigenação de europeus portugueses, africanos e ameríndios, formando uma cultura autóctone característica. Esta foi uma colônia de exploração.
Colônia de exploração - As ‘colônias de exploração’, eram onde as metrópoles tinham como interesse apenas explorar os recursos naturais da colônia para enriquecer e levar todo lucro a seu país de origem. Neste caso não há preocupação com a terra colonizada.
Um exemplo de colônia de exploração foi o Brasil, pois a Coroa Portuguesa, percebendo o potencial de lucro dos recursos naturais brasileiros e a mão-de-obra indígena, aplicou o seguinte sistema de colonização: ocupou o país com representantes do interesse da metrópole, assim, criaram leis, obrigações, impostos e instituições que somente atendiam os interesses da metrópole. Sendo assim, os colonizados não tinham a ínfima autonomia para exigir seus direitos ou impor suas vontades contra a Coroa.
Do ponto de vista econômico, a colônia visava explorar de imediato as regiões mais favorecidas para atividades agrárias rentáveis. O objetivo dos portugueses era apenas um retorno rápido de lucro que suprisse as demandas do mercado europeu. Então, o desenvolvimento local e os habitantes da colônia ficavam em segundo plano.
Para facilitar, uma colônia de exploração possui basicamente cinco características principais, que ficaram conhecidas por plantation. São elas: Latifúndio, as terras eram distribuídas em enormes propriedades; Monocultura, toda a produção era para suprir as necessidades do mercado exterior; Havia um produto principal e toda produção acontecia em torno dele (caso do açúcar, café e borracha no Brasil); Esquecimento do mercado interno, com enfraquecimento das atividades comerciais; Trabalho escravo, com utilização dos negros.
Para ilustrar, na letra do cantor e compositor brasileiro Bêca Arruda, é possível notar os princípios das colônias de exploração aplicados no Brasil e em outras nações.
“Perguntas já existiam antes de eu nascer
Como o ser humano foi aparecer
Pessoas pensavam só em vencer
Como ganhar dinheiro e estar no poder
Tribos de índios desapareciam
E as selvas de pedra se construíam
Revolução industrial e desenvolvimento
Começavam a surgir os devastamentos
Vindo da Europa e de suas naus
Explorando o Brasil, tendo lucro total”.
(Música: Colônia de Exploração / Bêca Arruda)

Período colonial dos Estados Unidos
A América do Norte é habitada por indígenas no fim do século XV, quando Cristóvão Colombo chega ao continente. Entre os séculos XVI e XVII, espanhóis exploram a Flórida e o Colorado e franceses criam assentamentos ao longo do vale do Mississipi. Holandeses fundam a colônia de Nova Amsterdã – tomada em 1664 pelos ingleses e rebatizada como Nova York. Antes, os britânicos ocupam ao leste a Virgínia, Massachusetts, Connecticut e a Pensilvânia. Para trabalhar em suas colônias, negros são trazidos da África como escravos a partir de 1619.
Colônia de Povoamento - Os Estados Unidos foram uma colônia de povoamento, pois recebeu refugiados de guerra que lá trabalharam e geraram frutos. A ‘colônia de povoamento’, tinha como objetivo desenvolver a terra com habitação, criando formas de comércio e ampliando as estruturas básicas da colônia (criação de escolas, hospitais, etc.) Porém após esse período ele acabou desenvolvendo-se e tornando-se uma potência mundial.
 Para facilitar ainda mais, a colonização de povoamento tinha características bem particulares, entre elas: Devido a uma colonização de médias e pequenas fazendas, os colonos trabalhavam e desenvolviam os locais, gerando prosperidade econômica. Tudo que era feito servia a colônia internamente, a produção agrícola regia a economia; Liberdade para o trabalho; Autonomia comercial, não sendo totalmente dependente da metrópole; Independência política e atitude libertadora de seus membros; Reunião de trabalhadores em assembleias para discutir o futuro da terra; Eram colônias atípicas - não ajudavam na balança comercial e não interessavam tanto à metrópole; Os seus produtos eram semelhantes aos da metrópole; Comércio produzia para mercados internos e externos; Fixação do homem ao solo - necessidade de criar escolas, igrejas, fábricas, comércio e etc.

ESCRAVIDÃO
A escravidão é a prática social em que um ser humano assume os direitos de propriedade sobre outro denominado como escravo, ao qual é imposta a condição por meio da força. Em algumas sociedades, desde os tempos antigos, os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria. Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, a idade, a procedência e o destino.
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. O transporte era feito nos porões dos navios negreiros e ficavam amontoados em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar aqui, e seus corpos eram lançados ao mar.
Nos Estados Unidos da América a escravidão inicia-se no século XVII, quando práticas escravistas similares às ocorridas no Brasil sao utilizados pelos espanhóis e portugueses em colônias na América Latina. Apesar de o tráfico de escravos ter sido proibido em 1815, o contrabando continua até o ano de 1860, enquanto isso, no norte crescia a campanha pela abolição. A guerra civil que se segue, deixa um saldo de milhares de mortos e uma legião de negros marginalizados. Nenhum programa governamental é previsto para sua integração profissional e econômica. O sul permanece militarmente ocupado até 1877, favorecendo o surgimento de sociedades secretas como que empregam a violência para perseguir os negros e defender a segregação racial. O tratamento dos escravos nos estados unidos varia amplamente, dependendo das condições, os tempos e lugares. O tratamento foi geralmente caracterizado pela brutalidade, degradação e desumanidade. Chicotadas, execuções, estupros eram comuns.
Nas fazendas brasileiras de açúcar ou nas minas de ouro, os escravos eram tratados da pior forma possível, trabalhavam de sol a sol, recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade, dormiam em senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) e eram acorrentados para evitar fugas. Proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos, tinham que seguir a religião católica. Porém, muitos escravos realizavam seus costumes escondidos.
O norte em expansão econômica graças à industrialização possuía uma proteção ao mercado interno e à mão-de-obra livre e assalariada, e o sul numa economia baseada na plantação e no escravismo. Assim, norte e sul diferem-se na medida em que o primeiro possui um progresso econômico qualitativo (retorno dos luvros à produção), e o sul, por sua vez, ao dirigir seus lucros em escravos e terras, possui um progresso econômico quantitativo, levando em consideração a baixa produtividade da mão-de-obra escrava.
Após a Revolução Americana (1775-1783), todos os estados do Norte dos Estados Unidos aboliram a escravidão. No entanto, o comércio de importação ou exportação de escravos tornou-se ilegal sob a lei dos EUA em 1807. Na década de 1850 no Sul foi vigorosamente defendida a escravidão para a expansão dos territórios. Compromissos foram tentados e falharam, e em 1861 estados escravistas se separaram para formar os Estados Confederados da América. Para derrotar a Confederação, a União em 1862 fez a abolição de toda a escravidão um objetivo de guerra, que foi alcançado em 1865. Todos os escravos foram libertados e os proprietários receberam nenhuma compensação. Em 1° de janeiro de 1863, nos Estados Unidos, o presidente Abraham Lincoln assinou o Ato de Emancipação. O ponto central da lei foi a libertação de cerca de 4 milhões de escravos negros.
 A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.
Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel. 
  
Relatório Final
O tema do trabalho foi: Brasil e Estados Unidos durante os anos 1808-1889. O grupo ficou composto por quatro pessoas, onde nós subdividimos por temas, para realizar a pesquisa: Religião - Ana Laura; Formas de governo: Júlia; Economia e Historia Colonial: Keroli e Escravidão: Lara.
Em relação a problemas com o grupo, o único fato foi em relação à pesquisa que a Ana Laura fez falando sobre a religião, pois não tinha coerência e sentido com o tema e a época (1808 a 1889). Como nós optamos por não apresentar, mas sim focar na pesquisa, o restante dos integrantes do grupo - Julia, Keroli e Lara, fizeram uma nova pesquisa sobre a religião.
As fontes de pesquisa foram a internet, a revista, livros e pesquisa de bibliotecas, além da ajuda que o senhor professor nos concedeu.
A maior dificuldade foi em relação às pesquisas sobre os Estado Unidos, pois os temas eram bem difíceis de serem abordados de forma objetiva e algumas informações eram vagas. Mas apesar de tudo, ficamos felizes com o resultado e esperamos ter feito um bom trabalho.

Referências na Internet:


cafehistoria.ning.com
pt.wikipedia.org
variasvariaveis.sites.uol.com.br
www.tesisenred.net

Autoras: Ana Laura, Julia Buiatte, Keroli Juliane e Lara Luiza.

A razão do nome Lilith para o Blog

 Pintura da Capela Sistina (Michelangelo) "Lilith aparece como a cobra que tenta Eva".

Lilith, segundo alguns estudiosos das Escrituras Sagradas, teria sido a primeira mulher criada por Deus juntamente com Adão. Como ela teria se recusado a se submeter ao jugo do Homem, Deus então a teria expulsado do paraíso e, aí sim, criado Eva da costela de adão para servi-lo. Passagens do Livro Gênesis no Antigo Testamento fundamentam esta tese:

No primeiro capítulo do Livro de Gênesis, versículo 27, está escrito que: "Deus criou o homem à sua imagem e semelhança; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher." porém no segundo capítulo versículo 18: '"O Senhor Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada." e é apenas no versículo 22 do segundo capítulo que Eva é criada: "E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem.".[1] É possível que no primeiro capítulo a mulher criada seja Lilith e levando em consideração o versículo 23: "Disse então o homem: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada." podemos verificar na expressão de Adão "...esta sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!..." a afirmativa de existência de outra criatura que não era qualificada como mulher e que não se podia se submeter a ele pois era independente, estava no mesmo nível de criação, a mesma altura de Adão. Em algumas traduções o texto "esta sim..." aparece como "agora sim, esta ..." o que não parece ser um erro de tradução mas uma evidência da afirmação na narrativa. Uma interpretação possível é de que ela seja a mulher que Caim encontrou depois de ser expulso e, portanto, tendo com ele seu primeiro filho, Enoque e fundando uma cidade de mesmo nome.

Sem querer e sem capacidade para entrar no mérito da discussão e como o objetivo aqui é apenas explicar o porquê do título deste blog, o significado que queremos enaltecer ao escolher este nome  é o da insubmissão, o da aversão a todas as formas de exploração e preconceito. Portanto, como Lilith não aceitou ter sido criada apenas para servir Adão, nós ser humanos não podemos aceitar nenhum tipo de injustiça. Esta é a maior lição que queremos transmitir ao escolher este nome para o Blog.