Joaquim
José da Silva Xavier
Você
Sabe quem foi Joaquim José da Silva Xavier?
Não?
Ele
é ninguém menos que Tiradentes, mártir
da Independência e da República, o homem que foi cruelmente esquartejado, por
defender seus ideais. Mas vamos ao princípio da história para que você possa
entender melhor, o que fez ele, para merecer tal acontecido.
Voltemos ao ciclo do ouro, onde Brasil era incessantemente
explorado por Portugal...
Vale lembrar que Portugal neste período exigia um
quinto do ouro extraído do Brasil, ou seja, vinte por cento do ouro que era do
Brasil extraído pertencia aos cofres portugueses. Mas, ao passar dos anos, o
ouro começa a diminuir das minas, mesmo assim as autoridades portuguesas não
diminuíam as cobranças. Com o ouro agora escasso, a coroa portuguesa decreta a
Derrama, cada região de exploração deveria pagar 100
arrobas de ouro (1500 quilos) por ano para a metrópole, que se utilizou até
mesmo do confisco dos bens dos devedores. Todas estas
atitudes foram provocando uma insatisfação muito grande no povo e,
principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas que queriam pagar menos
impostos e ter mais participação na vida política do país. Alguns membros da
elite brasileira (intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas),
influenciados pelas ideias de liberdade que vinham do iluminismo europeu, começaram a se reunir para buscar uma solução definitiva
para o problema: a conquista da Independência do Brasil.
Aí é
que entra nosso herói...
O
grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por
Tiradentes (devido à profissão de dentista que havia exercido) era formado
pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina
Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite
mineira. A ideia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o
sistema de governo republicano em nosso país. Estes inconfidentes chegaram a
definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um
triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade
ainda que Tardia).
Os inconfidentes haviam marcado o dia do movimento para uma data
em que a derrama seria executada. Desta forma, poderiam contar com o apoio de
parte da população que estaria revoltada. Porém, um dos inconfidentes, Joaquim
Silvério dos Reis, delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em
troca do perdão de suas dívidas com a coroa. Todos os inconfidentes foram
presos, enviados para a capital (Rio de Janeiro) e acusados pelo crime de
infidelidade[1] ao rei. Alguns
inconfidentes ganharam como punição o degredo para a África e outros uma pena
de prisão. Por ser pobre e ter participado de um movimento da elite (que foi a
única que sofreu com a derrama) sobre
Tiradentes, recaiu a responsabilidade total pelo movimento, sendo o único
conspirador condenado à morte. Enforcado em 21 de abril de 1792, teve seu corpo
esquartejado. Seus membros foram espalhados pelo caminho que ligava o Rio de
Janeiro a Minas Gerais. Sua cabeça foi exposta em Vila Rica.
Com a morte de Tiradentes, o Estado português
queria demonstrar uma punição exemplar para desencorajar qualquer revolta
contra o regime colonial. Tiradentes tornou-se mártir da Independência e da República.
Embora fracassada, podemos considerar a Inconfidência Mineira como um exemplo valoroso da luta dos brasileiros pela independência, pela liberdade e contra um governo que tratava sua colônia com violência, autoritarismo, ganância e falta de respeito.
Embora fracassada, podemos considerar a Inconfidência Mineira como um exemplo valoroso da luta dos brasileiros pela independência, pela liberdade e contra um governo que tratava sua colônia com violência, autoritarismo, ganância e falta de respeito.
Patrik Ferreira
Cleidiane Caldeira
Stiven James
Gustavo Dias
Erika
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